segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Um Mundo Chamado Wrestling - Capítulo 6

Capítulo 6

“O garoto toma uma decisão. Será a certa?”

Após uma noite de pouco sono, Bryan é acordado pelo tio, que ainda estava de pijama.

- Vem tomar café. Depois vamos para o ginásio treinar. - Disse o tio.

O garoto, com sono, olha para o relógio.

- Mas são quatro e meia da manhã! –

Hector fingiu não ter escutado o quê o sobrinho falou e saiu do quarto. Bryan, após vestir-se, encontra o tio na cozinha da casa, sentado á mesa farta de comida.

- Coma bem agora. O dia vai ser puxado. – Fala Hector.

Ao sentar-se, Bryan vê Fidel deitado nos pés do dono, brincando com seus chinelos.

- Ninguém dorme nessa casa, não é? – Disse Bryan.

- Essa cidade é de trabalhadores e vencedores. Vencedores lutam, a qualquer hora, por um futuro melhor. Olhe pela janela e verá que a cidade já está a toda. –

O garoto olhou pela janela e viu uma rua já movimentada, mesmo antes do sol nascer. Calado, Bryan tomou café e após se arrumar, foi ao carro esperar o tio, que estava fechando a casa. No banco traseiro do carro se encontravam fichas, as mesmas que Hector observara durante a noite anterior. Após o tio chegar ao carro, Bryan o olhou.

- Que fichas são essas? – Perguntou o sobrinho.

- Alguns aparelhos de exercícios, esses de academia, vão chegar hoje e as fichas precisavam ser atualizadas. –

- Que fichas são essas? –

- Cada uma pertence a uma pessoa e nela contem o aparelho e a quantidade de exercícios que essa pessoa deve fazer. A sua está junto. –

- Minha? – Perguntou Bryan com cara de espantado.

- Você acha que wrestling é apenas aprender a fazer os golpes? Precisa de condicionamento e força, rapaz. –

Hector acionou o carro e se dirigiu para o ginásio. Durante o trajeto, Hector falava sobre a cidade e o tempo que Johnny passou nela.

Ao chegarem ao ginásio, encontraram as luzes já acesas e Jerry conversando com um homem ao lado de um caminhão. Jerry, ao ver Hector, o chamou.

- Bryan. Vá lá para dentro e fique olhando o treinamento do pessoal que eu já vou. – Falou o tio.

- Treinamento? JÁ? Cidade estranha essa. – Falou o garoto.

Fingindo que não ouviu o garoto, Hector vai de encontro aos dois homens, já Bryan, obedece o tio e vai olhar o treinamento.

Ao chegar, dá de cara com homens lutando no ringue. Aparelhos de ginástica, que não estavam ali no dia anterior, se encontravam à poucos metros do ringue, sendo observados de longe pelos lutadores que descansavam. Alguns destes wrestlers cumprimentaram Bryan, que os reconheceu ser os mesmos que o fizeram companhia enquanto o tio procurava a cunhada no dia anterior.

- Bryan. –

O garoto se vira e vê o tio.

- Sonhando acordado? – Continuou, com um sorriso no rosto.

- Não. Só observando. –

- Pronto pra começar? –

*10 anos depois*

O ringue do ginásio do Grandes do Ringue estava movimentado. Dois wrestlers deixavam os companheiros boquiabertos. Movimentada não só entre as cordas, mas também fora dele. O treinamento parecia mais uma final de campeonato. Ambos eram da mesma altura e porte físico, apenas se diferenciando pela cor de cabelo (moreno e ruivo) e pequenos traços do rosto.

- VAMOS EL TORO! – Gritou um dos espectadores.

O lutador moreno levantou o braço, sendo aplaudido pela metade das pessoas presentes no ginásio, acompanhando o treino.

- ACABA COM ELE GHOST! – Gritou um homem ao lado do ringue.

Dessa vez a mão levantada foi do ruivo, sendo aplaudido pela outra metade das pessoas.

Os dois tentavam acertar o adversário com socos e chutes, até Ghost empurrar El Toro nas cordas e na volta do oponente tenta acertar um Clothsline, mas sendo recebido com um Spear e indo ao chão. Toro o levanta e coloca a cabeça de Ghost entre suas pernas, se arrumando para executar um Powerbomb, mas acaba tendo as pernas agarradas e sendo levado ao chão. Ghost cruza as pernas de Toro, o vira e está feito um belo Sharpshooter. Visivelmente não suportando a dor, o lutador tenta alcançar as cordas, mas não consegue, e não vendo outra saída, desiste.

As pessoas presentes aplaudem os dois, que se abraçam, elogiando um ao outro, e depois se dirigem ao vestiário.

Já vestidos, conversavam, até que um homem com boa parte dos cabelos já grisalhos se aproxima.

- Bela atuação de vocês dois. Apesar de ser apenas um treino, o resto da galera agiu como se fosse uma luta. – Disse ele.

- Obrigado. – Disse a dupla no mesmo instante.

- Bryan. Vamos para casa, quero conversar com você. – Disse o homem novamente.

- Ok, tio. -

O jovem moreno se levanta e cumprimenta o amigo ruivo.

- Até amanhã, Ramon. – Disse Bryan.

- Até. – Respondeu o amigo.

No carro, Hector vira-se para Bryan.

- Não quer repensar essa gimnick? – Disse ele.

- Não. Ghost quer dizer fantasma. Fantasma dos meus pais. É como se eles me dessem força.

- Entendo. –

- Mas não era isso que o senhor queria falar comigo, era?

- Não. Bryan, recebi uma ligação hoje.

- De quem?

- Bom, um amigo. Ele assistiu você no show de ontem. Assistiu e gravou.

- E...

- Ele mostrou o vídeo para um outro amigo, que trabalha numa federação de wrestling. E essa federação quer fazer um teste com você.

- CARA! QUE SHOW! Que empresa que é?

- Bom, essa é a parte ruim da história. É a GWF, a empresa da família Vázquez.

Bryan ficou em silêncio.

- É a maior do país. Levou a WWE e a TNA a falência. Os melhores estão lá dentro. – Continuou o tio.

- Mas eles sabem quem sou eu? –

- Não. Você só foi identificado como Ghost. –

- Não sei se é seguro. Não só para mim, mas para o senhor também. –

- Rodriguez vai assistir ao seu teste. Como ele faz com todos. –

- Sem a LWF, ele não teria levado ao topo a empresa dele. O que faltava lá, a LWF tinha. Empresa que ele roubou da minha família. –

- E então? –

- Quando mesmo que é esse teste? –

- Em princípio é para ser depois de amanhã, ás 16 horas. –

- Eu topo. E o senhor vai comigo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um Mundo Chamado Wrestling - 5

Capítulo 5

“Bryan recebe a notícia que ninguém quer receber.”

O garoto ficou paralisado. Uma parte sua queira desmaiar, a outra queria chorar.

- Sei como deve ser difícil perder os pais em um curto espaço de tempo. – Dizia o tio.

Bryan não estava prestando atenção no que Hector falava, apenas pensava nos últimos momentos com a mãe.

- Tio. -

- Fala. –

- Minha mãe não queria que eu treinasse wrestling. Eu disse que queria. Ela gritou, saiu correndo e morreu. O wrestling matou meu pai e minha mãe.

- Pois é. – Disse o tio com um olhar triste nos olhos.

- Seria uma boa escolha começar a treinar? –

- Isso é com você. Mas acho que não deveria dar a resposta agora. Vamos para casa. Lá vai dar para pensar melhor. –

- Boa idéia. –

Hector se vira em direção a um homem que estava conversando com os wrestlers.

- JERRY! – Grita.

O homem se vira. Não aparentava ser muito jovem, estava com uma roupa de mediador.

- Quê? – Fala ele.

- Vou ir pra casa. Tranca tudo quando for sair. – Disse Hector, atirando um molho de chaves para Jerry. – Colocou as fichas no carro? - Continuou.

- Sim. Todas no banco traseiro. Até amanhã Hector. –

- Até! –

A casa de Hector não era muito distante do ginásio. Logo lá chegaram de carro. A casa era grande, tinha dois andares e um grande pátio. Um cachorro, da raça pastor alemão que estava no pátio, começou a pular ao ver Hector descer do carro.

- Bryan. Esse é Fidel, meu cachorro. –

Ao entrar no pátio, Fidel chegou perto de Bryan e, aparentemente, gostou do garoto.

- Simpático. – Disse Bryan.

- Tem dois anos e pouco. –

- “E pouco”? –

- É. Ganhei-o do seu pai há dois anos. Quando me divorciei, Johnny achou que eu deveria ter um amigo pra “conversar”. Ele não sabia a idade certa do cachorro, apenas que tinha menos de um ano. –

- Humm. –

Bryan brincou com o cachorro e, por um instante, esqueceu do ocorrido com sua mãe. Após conhecer o seu quarto foi tomar um banho. Lá sussurrava para si mesmo.

- Eu treino ou não? Isso acabou com meus pais. – Lágrimas escorreram pelo rosto. – Era meu sonho até a uma hora atrás. A mãe sempre quis que eu fosse médico. Melhor aceitar isso e parar de pensar em wrestling, pois se acabou com meus pais, pode acabar comigo. – Continuou.

Ao sair do banho, e vestir-se, foi ao encontro do tio, que estava lendo algumas fichas e escutando á TV, na sala.

- Tio. –

- Fale. – Falou Hector, dirigindo os olhos ao sobrinho.

- Eu andei pensando sobre os treinos de wrestling.

- E então? Vai treinar ou não? –

- Eu pensei e repensei. Minha mãe queria que eu fosse médico, meu pai ia me apoiar em qualquer decisão. E por isso acho que...

- Um momento! – Atrapalhou o tio. – Vão falar sobre seu pai no noticiário. – Continuou.

Bryan sentou-se ao lado do parente para olhar o noticiário.

- Mais sobre o caso Carson. – Dizia a bela apresentadora de sempre. – A esposa e o filho do falecido Johnny Carson, Cynthia e Bryan Carson, foram dados por desaparecidos por Rodriguez Vázquez em uma tentativa de se comunicar com a família. Mas a poucos instantes recebemos a informação que Cynthia foi encontrada morta em New York. Tudo indica que foi um acidente de carro protagonizado por um pedestre alcoolizado dançando no meio da rua. A mulher tentou desviar, mas deu de encontro com outro carro. Rodriguez Vázquez, durante uma entrevista sobre o futuro da LWF e sobre o desaparecimento da família, recebeu a notícia, e após alguns pronunciamentos, uma confusão tomou conta da entrevista. Veja o vídeo.

Rodriguez apareceu na tela cercado de vários microfones. Vestia o casaco e o chapéu de sempre.

- Senhor Garcia, o que diz sobre a morte da esposa de Johnny Carson? – Falou um repórter no meio do vuco-vuco dos colegas de profissão.

- Ah, morreu? – Disse o gordo com um sorriso sarcástico na boca. – É o futuro de familiares de assassinos. A família Carson está manchando o nome da LWF e do wrestling, por isso continuo afirmando que devo ficar com a empresa da família. –

- Vai vincular com a sua? A Medium Wrestling Federation, senhor? – Perguntou outro repórter.

- Vou fazer a maior empresa que essa merd* de país, que deixa familiares de assassinos a solta para se matar e deixar de serem suspeitos em alguma coisa, já viu. –

- Mas o filho continua vivo, mas ainda desaparecido. Não acha que ele que mereça ficar com a empresa? – Falou outro repórter.

- O que ele merece é uma surra pelos pais que tem. –

Um sapato é arremessado em direção ao entrevistado, acertando o chapéu, que cai e revela uma atadura no topo da cabeça. A câmera mostra um homem alto com a cara de poucos amigos. Bryan o reconheceu, era o homem que venceu e reteu o título da LWF na última luta que seu pai narrou e apresentou.

- CADÊ O RESPEITO SEU GORDO FEDIDO? A MÃE DEVE TER SE MATADO DE VERGONHA POR NASCER E VIVER NO MESMO PAÍS DO QUE VOCÊ. VOCÊ FEDE! – Gritava ele.

- VAI SE FU***, SEU MER**. – Retrucava Rodriguez. – QUER APROVEITAR A MORTE DO SEU ANTIGO CHEFE PRA APARECER NA TV? ENTÃO QUE SE MATE! CADÊ A PO*** DOS SEGURANÇAS? – Continuou.

A imagem voltou para a apresentadora.

- O homem, ainda não identificado, foi cercado pelos seguranças, e após uma briga entre ele e os seguranças, fugiu. Mas antes de fugir, atirou um segundo sapato, desta vez acertando e causando uma ferida no olho do alvo. – Falou ela.

Bryan e o tio riram.

- Mais informações a qualquer momento. –

- Bem feito! – Falou o tio. – Mas o qual a sua decisão mesmo Bryan? – Continuou.

- Que depois de pensar bastante sobre tudo o que aconteceu, resolvi... –

- Ó lá o Rodriguez de novo na TV. – Atrapalhou novamente o tio.

Rodriguez estava sentado ao lado da apresentadora, com um tapa-olho em sua face.

- Estamos aqui com Rodriguez Vázquez. – Dizia a apresentadora

O gordo estava sério.

- Então senhor Vázquez, o que diz sobre esse ocorrido, que está na boca do povo e imprensa? – Perguntou a jornalista.

- O quê eu tenho para dizer é simples. BRYAN CARSON, SE TIVER ME ASSISTINDO, QUERO DIZER QUE VÁ A MER**, VOCÊ E ESSE CARA QUE ME FEZ ISSO. – Aponta para o tapa-olho. – QUE SEUS PAIS APODREÇAM NO INFERNO! Isso é tudo. – Falou Rodriguez se retirando do estúdio.

A apresentadora, meio sem saber o quê fazer, chamou os comerciais.

Bryan ficou com uma cara de poucos amigos e em seus pensamentos, via a morte do Rodriguez de vários modos.

- Tio. – Falou Bryan.

- Fale. –

- Pensei e repensei. Quando eu começo a treinar? –

- BOA GAROTO! – Comemorou o tio.

- Quero encontrar esse filho da pu** e chutar tanto o traseiro dele, que até o neto dele vai nascer com dificuldades para sentar-se. –

- Tem certeza? Caso diga que sim, os treinos começam amanhã mesmo. –

Na TV, os comerciais terminam, mostrando a apresentadora.

- Uma notícia de última hora sobre o caso Carson. – Disse ela.

Tio e sobrinho voltam a atenção para a TV.

- Após um rápido pronunciamento á imprensa, o juiz responsável do caso Carson declarou que a partir de hoje, a LWF fica em nome da família Garcia. – Disse ela. – Mais informações a qualquer momento. – Finalizou.

Bryan virou-se para o tio.

- Certeza absoluta. –

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Um Mundo Chamado Wrestling - 4 + Aviso

Aviso 1 - Novamente demorei para postar o capítulo. Peço desculpas. E o próximo vai demorar um pouco mais, já que ficarei sem internet mais um tempo.

Aviso 2 - Para o blog não ficar parado, abrirei duas vagas no blog para postar fics. Mandem um capítulo para o meu e-mail (julianogsg@yahoo.com.br) que irei lê-lo. Tentem já ter idéias para os próximos cápitulos, caso forem mandar. Boa sorte para quem mandar.

Capítulo 4

Após uma discussão, Rodriguez vai ao chão.

Bryan estava impressionado com a cena. Não acreditava no quê acabara de ver. Rodriguez veio abaixo, graças a um vaso quebrado em sua cabeça por Markus.

- Vocês vão ter que sumir. – Falava o “capanga”.

- Mas o quê está acontecendo? – Perguntou Cynthia.

- Nós somos seguranças dele, mas somos honestos. Ele é capaz de tudo. Nós sabíamos que ele tentaria matar vocês. –

- Pó pára! – Falou Bryan, se dirigindo á todos na sala. – Vocês vieram aqui para nos matar ontem. –

- Nada disso garoto. – Falou o outro capanga. - Viemos aqui ontem para avisar vocês sobre isso. Sei que entramos pela janela, a noite e coisa e tal, mas era o único jeito do Sr. Vásquez não nos ver. –

- Isso mesmo. – Continuou Markus. – Ele estava com outros dois capangas dentro de um carro esperando para entrar aqui. Não entrou por causa dos policiais que apareceram. Coisa que nós vimos depois, pois esperávamos encontrar vocês dois em casa naquela hora. Mas não encontramos ninguém. –

Cynthia olhou para seu filho com um sorriso no rosto.

- Sem mais conversas -. Falou o capanga. – Vocês precisam sair daqui antes que ele acorde, o que não vai acontecer muito cedo, já que ele dorme feito um porco. –

- Pra onde? – Perguntou a mulher.

- Vamos pra casa do Tio Hector e New York. – Disse o garoto.

- É uma idéia. Vai correndo fazer as malas, já! – Ordenou a mãe.

De malas prontas, mãe e filho se despedem dos capangas de Rodriguez e pegam o caminho para New York.

Não tiveram problemas e chegaram na cidade logo, mas não tiveram a sorte de achar o tio em casa. Pararam em um bar para descansar. Lá, uma TV estava ligada e um telejornal estava no ar.

- Mais sobre o caso Carson. – Dizia a apresentadora – A perícia chegou a conclusão que as duas pessoas, Johnny Carson e Tony Versetti, não estavam sozinhos no salão. Foram achadas algumas pegadas, sugerindo mais duas pessoas na sala. O problema, é que um show da pequena empresa havia terminado minutos antes do incidente, podendo as pegadas ser de qualquer um que tenha assistido o evento. A justiça está quase liberando a LWF para o nome de Rodriguez Vásquez, já que a mulher e filho de Carson não foram encontrados. Mais informações a qualquer momento. –

- Triste isso, não? – Dizia um homem para seu amigo, ao lado.

- É. A empresa tinha futuro. Uma vez assisti um show dela em Los Angeles e gostei. Bem organizado e boas lutas.Mas acho que se for para esse tal Rodriguez Vázquez ela pode ter o nome mais conhecido. Esse cara é do dinheiro. – Respondeu o amigo.

- Acho que não dura. Esse Rodriguez não presta muito. Parece não entender de wrestling. Ele era dos bons no tempo que lutou aqui na GDR. O irmão dele cuida agora da Grandes do Ringue. Deviam ter juntado as duas companhias. Acho que a família tem a ver com essas mortes. Sumiram do nada. – Dizia o homem.

- Mas só Deus sabe, né? – Disse o amigo lascando uma mordida em um sanduíche.

Cynthia pegou o filho pelo braço.

- Aqui não é um bom lugar. Vamos até essa GDR procurar o seu tio. –

Após algumas quadras, os dois chegam até a companhia e encontram Hector fiscalizando um treino em um salão. Bryan fez amizade com alguns wrestlers que treinavam ali, na hora. Hector escuta toda a história que os dois tem a contar.

- Claro que podem ficar em minha casa. Vai ser bom para Bryan também aprender wrestling. – Disse o tio.

Apesar de ser mais velho e um pouco mais baixo, Hector lembrava muito Johnny em aparência.

- BRYAN NÃO VAI APRENDER WRESTLING COISA NENHUMA! Isso matou o pai dele e é um esporte para brutos e vagabundos. – Disse a mãe.

Os wrestlers que estavam por perto olharam feio para Cynthia.

- Isso está no sangue dele. Avô, tio e pai foram wrestlers. Os da terceira geração são os melhores do ramo. Você se casou com um “bruto e vagabundo”, que por acaso era meu irmão. Ryan vai aprender sim! –

- MAS NEM A PAU! –

- Não seria melhor perguntar para ele o quê ele acha? –

- BRYAN. Você gostaria de aprender “restler”? – Perguntou a mãe.

- “Wrestling”. – Corrigiu Hector.

- Que seja! – Disse a mãe.

- Eu adoraria. – Falou o garoto com um brilho nos olhos.

- Bom, com 13 anos já se sabe o que se quer da vida. –

- ISSO MATOU SEU PAI! – Gritou a mulher.

- Mas é meu sonho. E sei que se meu pai estivesse aqui ele iria apoiar a idéia. Sempre elogiou o tio Hector como treinador. – Retrucou o garoto.

- FAÇA O QUE QUISER! Vou comprar uns cigarros para me acalmar e já volto. Até mais. -

A mulher saiu e Hector levou Bryan junto aos outros wrestlers para treinar um pouco.

Já era início da noite e Cynthia ainda não retornara.

- HECTOR! – Disse um homem chegando ao salão.

- JÁ VOU! – Gritou Hector – Bryan. Fique conversando com o pessoal aqui, quando eu voltar, vamos para casa e esperamos a sua mãe lá. –

- Beleza. – Respondeu o sobrinho.

Papo vai, papo vem mas nenhum sinal de Hector.

- Tá demorando. – Disse Bryan.

- Não esquenta. Ele é meio lerdo mesmo. – Falou um wrestler sentado ao lado de Bryan, fazendo alguns companheiros soltarem uma gargalhada.

- Lá ele! – Apontou outro wrestler.

Hector chegou perto de todos. Estava nervoso. Pegou Bryan pela mão e levou para um canto do salão.

- Bryan. Não sei como te dize isso...-

- Isso o quê? FALA CRIATURA! Odeio suspense. –

- Logo depois de ter comprado os cigarros, voltando, sua mãe acabou se envolvendo em um acidente de carro. –

- Mas ela ta bem, né? NÉ? –

- Deve estar, já que neste momento ela deve estar acompanhada de seu pai...no céu. –

- Quê? –

- Ela morreu Bryan. -


Não perca o próximo capítulo.