sábado, 13 de dezembro de 2008

Um Mundo Chamado Wrestling - 1

Um Mundo Chamado: Wrestling
Capítulo 1

Las Vegas, setembro de 1999. O salão de um prédio estava iluminado e cheio de pessoas. Ao centro, um ringue onde dois homens lutavam.
- ISSO FOI UM SPEAR. O mediador inicia a contagem. Um, dois, TRÊS. ACABOU. –
Um homem alto e magro, sentado diante de uma mesa voltada para o ringue, falava em um microfone. Sua voz era escutada por todos no salão.
- Senhoras e senhores. Ele continua sendo o campeão da LWF. Grande luta! – Continuava o homem. – Sou Johnny Carson, e esse foi mais um show da LWF. Obrigado pela presença. -.
Depois, com o prédio praticamente vazio, o homem continuava sentado á mesa, desta vez, fumando um cigarro.
-PAI! – Ecoou pela sala.
Um garoto, aparentando uns 13 anos entrou no salão.
-Fala, Bryan – Respondeu o homem.
O garoto acomoda-se na cadeira ao lado da do pai.
- O show de hoje foi demais. – Disse o garoto, com um brilho nos olhos.
- Que bom que gostou. Foi duro pensar nele. –
- Acho que já posso começar a lutar, né? –
O homem retira o cigarro da boca, respira fundo e olha para o filho.
- Já conversamos sobre isso. Nada de lutas para você. Isso tudo é armado, porém perigoso. –
- Deixa. Por favor. – Insistia Bryan.
-Estamos conversados. Nada de lutas.
-Que merda – Disse o guri, com a cabeça baixa.
-Você sabe. Sou o dono daqui. Levei a vida para levantar essa companhia. Isso é perigoso, acredite. E também porque os lutadores não gostam de garotos bisbilhoteiros.
Barulhos de passos são ouvidos.
- Acho melhore se esconder caso não queira encrenca. – Falou Johnny, olhando para o filho.
O garoto saiu em disparada e se escondeu embaixo do ringue. Por uma pequena fresta, via o pai olhando para aporta, onde estavam três homens parados. O do meio era gordo e alto, estava fumando charuto e usava um terno. Os dois homens a sua volta estavam suados e sem camisa, mostrando partes vermelhas em seu corpo.
-Estava a sua espera, Rodriguez. – Disse Johnny.
-Temos uma conversa séria, Sr. Johnny Carson. – Disse o homem gordo.
- Acho que aqui não é um bom lugar para conversarmos. –
- Claro que é. Estamos sozinhos. – Continuou o gordo, dessa vez sem o charuto na boca.
Johnny olhou, com o canto do olho, para onde estava Bryan e um sorriso apareceu em seu rosto.
-Do que está rindo? – Pergunta Rodriguez.
-Nada não. – Responde o dono da companhia, dessa vez com o olho focado em Rodriguez - Então, aqui não é um bom lugar para conversarmos. Pra onde podemos ir? – Continuou.
-Vai ser aqui sim. Onde está meu dinheiro? – Falava o gordo, enquanto caminhava em direção a Johnny.
-Entenda Sr.Rodriguez, a companhia está indo bem, daqui a um mês você... –
-Você está dizendo isso a mais de, vejamos, três meses! – Exclamou Rodriguez, com o rosto nada amigável.
-Mas dessa vez é verdade. –
-Essa foi a desculpa do mês passado. –
-Precisei do dinheiro pra investir nos lutadores. –
-Eles que vão para o inferno. –
Johnny olhava para baixo, desolado. Rodriguez soltou um sorriso e virou-se de costas para o devedor.
-Johnny Carson, você prometeu mais de uma coisa, e não cumpriu. –
- Eu sei. – Falava o Sr. Carson, desolado.
-Mas fique tranqüilo, já sei o que fazer com você. –
-O quê é? –
-Espere e verá. -
Rodriguez se vira para o homem a sua direita.
-Me acompanhe Markus. – O gordo se vira para o outro homem. – Você, Tony, fica aqui com o nosso devedor. Já lhe dou mais informações.
-Sim senhor. – Responderam os dois homens ao mesmo tempo.
Quando Rodriguez e Markus saíram do salão, Tony sentou-se ao lado de Johnny.
-Então. A companhia está fazendo sucesso? – Puxou assunto Tony.
-Sim. Devagar, mas fazendo. –
-Sempre quis ser wrestler. Meu pai nunca deixou. Falava que era perigoso. –
-Acho que todo pai é assim. Querendo a segurança do filho. – Falou Johnny, olhando rapidamente para baixo do ringue.
-Sim, mas qualquer emprego é melhor do que esse. Rodriguez nunca seguiu leis. Faz de tudo para sair por cima. –
- Porque não pede demissão? –
- Sei muita coisa de Rodriguez. Se eu pedir demissão, ele pode até mandar me matar, pensando que vou entregá-lo a alguém. –
Um telefone começa a tocar.
- Tony. Acho que é pra você. Rodriguez disse que lhe daria mais informações. O telefone está ali preso na parede, ao lado da porta. – Disse Johnny apontando para o lugar.
Enquanto Tony se dirigia ao telefone, Johnny ficou olhando para uma fresta abaixo do ringue, lá encontrou o olhar de seu filho.
-Senhor Johnny –
Johnny olhou para a frente da mesa e encontrou Tony.
- Era Rodriguez? – Perguntou.
Tony respirou fundo e fez um sinal positivo com a cabeça.
-Quais são as ordens? – Perguntou Johnny.
-Ele quer...o senhor morto. –
Johnny levantou-se da cadeira rapidamente.
-E quer que você me mate? –
-Sim . – Respondeu Tony. –Mas entenda Sr. Johnny. Nunca fiz isso, e não vai ser agora que vou fazer. – Continuou.
Johnny ficou aparentemente aliviado.
- Obrigado Tony. Mas alguma hora... –
- EU IREI DESCOBRIR. –
Tony e Johnny olham rapidamente para a porta e vêem Rodriguez acompanhado de Markus.
- Não passou no teste de lealdade Tony. Que feio – Continuou Rodriguez.
- Entenda senhor, eu...-
-Cale a boca. – Interrompeu o gordo.
Rodriguez colocou a mão dentro de seu terno e sacou uma arma, que apontou para Tony.
-Está demitido. – Exclamou Rodriguez, acionando a arma.
Seu capanga levou o tiro no peito e logo caiu no chão. Johnny olhava para aquela cena, apavorado.
- Então Sr Johnny Carson. Adeus. – O gordo acionou a arma outra vez, atingindo em cheio, o peito de Johnny, que cai no chão.

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